Nessa apresentação, ressaltar-se-á a Formação Pessoal e Social proposta pelo Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil, precisamente no volume 2: a Formação Pessoal e Social. Destacar-se-á a importância do ambiente para o desenvolvimento da autonomia moral e intelectual, ancorada na concepção cujo conflito é “rei” da aprendizagem – dialética.
Durante muitos anos, no convívio diário das escolas, a pedagoga pôde observar o quanto o conflito é mais “valorizado” quando se refere aos temas acadêmicos, isto é, quando o aluno enfrenta uma dificuldade em matemática ou em alfabetização, há um movimento para que ele enfrente e supere e, para isso, buscam-se mais atividades ou aula particular etc.
Em contrapartida, quando a criança se depara com conflitos como: colocar meia, sozinho, amarrar o cadarço do tênis, cuidar dos seus materiais, enfrentar um novo ano escolar, construir novos vínculos, entre outros, em alguns casos, nota-se que fazer por ele ou “retirar o causador do conflito” é a melhor opção.
Por isso, haverá uma atenção especial, no que tange ao seguinte ponto: quando se faz pela criança, ela poderá acreditar que o “difícil” alguém fará por ela. Ou, ainda, na segunda opção, poderá acreditar que, quando há um problema, deve-se desviar e não enfrentar.
A análise realizada ocorreu em instituições de ensino de educação infantil, 1º e 2º ano de escolas privadas. Os elementos que farão parte do cenário para reflexão serão os seguintes: a) quanto ao espaço público/escola e o espaço privado/casa: as possíveis implicações na postura de estudante; b) quanto aos comportamentos perante a adaptação: do estudante com a professora e/ou com novos colegas, como também ante um novo ano escolar; c) quanto ao trabalho pedagógico: respeito pelo que a escola apresenta; d) quanto ao dia do brinquedo: princípios didáticos que o sustentam; e) quanto à postura de estudante e a rotina de estudos
Vale aqui evidenciar que, na faixa etária em questão, percebe-se a influência na postura do aluno diante da segurança ou a insegurança dos pais perante os procedimentos adotados pela escola e, consequentemente, também nos desafios enfrentados pelo aluno durante o ano. Por essa razão, esses assuntos merecem uma pausa, merecem ser refletidos por quem educa.
Uma criança, que passou seis anos de sua vida escutando que “o outro” poderia fazer por ela, pode experimentar a sensação da frustração, da construção de mecanismos de defesa e ainda o prazer advindo da superação?
O momento crucial se torna a hora de agir. Como fazer?
O conhecimento é adquirido mediante a superação da contradição, cujo alcance será por meio do enfrentamento e da busca incessante do vir a ser. Dessa forma, conquistamos e transmitimos a segurança necessária para agirmos e a sabedoria para uma constante avaliação. Somente assim haverá o movimento necessário para evolução.
Com essa premissa, lanço meu desafio: Vamos conversar?
MF CONSULTORIA E ASSESSORIA EDUCACIONAL
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