Por todo lado se fala em “crise de valores morais”. E como fica a escola contemporânea neste cenário? Mais que nunca, cabe a ela se firmar como um dos pilares da sociedade: sua missão hoje é reforçar o aprendizado das habilidades sociomorais, ou seja, das competências que as pessoas possuem para lidar com as próprias emoções, como autoconhecimento, colaboração, resolução de problemas. A partir delas, será possível desenvolver a convivência ética, com respeito, justiça e igualdade, que melhoram não apenas o desenvolvimento acadêmico, mas – se bem assimiladas – todas as relações dentro da sociedade. Ou seja, competências socioemocionais auxiliam na construção de um ambiente sociomoral justo e respeitoso.
Este foi o ponto chave da palestra da pedagoga Adriana Ramos, da qual participamos no dia 25 de maio, no auditório da Fundação FEAC (Federação das Entidades Assistenciais de Campinas). Segundo ela, a própria escola deve se questionar, e aos seus valores, para avaliar se está realmente voltada para a educação integral, que não pode estar focada apenas o desenvolvimento acadêmico. Para o aluno, o aprendizado deve ser algo que faz a vida ficar melhor em todos os sentidos. Não existe escola com bom desempenho acadêmico se não houver nela um ambiente sociomoral cooperativo, baseado na justiça, no respeito e na convivência democrática – valores que devem ser praticados diariamente. Não são tarefas: são vivências. Porque a convivência não deve ser vista como um problema, mas como uma plataforma sobre a qual vamos construir um ambiente que proporcione desenvolvimento para todos.
É isto o que tem buscado o GEPEM, com suas ações na escolas atendidas: aula semanal sobre convivência ética, jogos para expressão de sentimentos, uso da tecnologia – ambiente colaborativo, oficinas sobre linguagem construtiva, escuta ativa e assertividade, entre outras. Estas ações são desenvolvidas nas escolas em três vias: pessoal, curricular e institucional.
A equipe de profissionais da EMEF Maria Pavanatti Fávaro, escola na qual atuo há um ano e meio pelo GEPEM, estava presente. A respeito dessa vivência, a pedagoga Adriana Ramos salientou: “Não temos receita, temos pessoas envolvidas em refletir e agir para transformar.”
Gostaria de lembrar aqui algumas palavras de Martin Luther King: “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons.”
Fique a certeza de que os bons não estão em silêncio.
Marilucia Ferreira
Nosso trabalho busca o respeito pelas pessoas e aos prazos e o compromisso com o resultado.
É dessa forma que a MF Educacional deseja e espera alcançar o reconhecimento na área educacional.